Palmeira-pati

Palmeira Pati

Família: Arecaceae
Floração: Setembro a Dezembro
Frutificação: Setembro a Dezembro
Distribuição geográfica: Bahia, Sergipe, Espírito Santo e Minas Gerais.
Domínios Fitogeográfico: Mata Atlântica
Formação Vegetal: Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial)

A palmeira-pati (Syagrus botryophora), é uma espécie nativa e endêmica da Mata Atlântica, especialmente comum no sul da Bahia e no norte do Espírito Santo. Destaca-se por sua importância ecológica e por seu valor cultural para comunidades tradicionais da região.

O Pati possui caule único, ereto e fino, podendo atingir cerca de 20 metros de altura. Suas folhas são longas e pinadas, com folíolos distribuídos em diferentes planos, formando uma copa graciosa e bastante ornamental. A inflorescência, que surge entre as folhas, apresenta flores masculinas e femininas na mesma planta, caracterizando a espécie como monóica. Os frutos, ovais e de coloração amarelo-alaranjada quando maduros, são altamente atrativos para a fauna, sendo consumidos por aves, roedores e primatas, desempenhando importante papel na manutenção da biodiversidade.

Na fase juvenil, a palmeira é conhecida como patioba e apresenta uma característica singular: sua base é formada por bainhas foliares secas, firmes e entrelaçadas, criando uma estrutura oca. Quando tocada ou batida, essa estrutura emite um som amplificado, semelhante ao de um tambor, resultado de um fenômeno de ressonância acústica, no qual o ar preso entre as bainhas funciona como uma câmara sonora. A patioba é considerada a única palmeira conhecida a emitir sons naturalmente durante essa fase de desenvolvimento.

Culturalmente, essa característica torna a espécie especialmente relevante para os povos indígenas Pataxó, que utilizam o som produzido pela patioba como forma tradicional de comunicação na mata. Além disso, as folhas da planta são amplamente usadas para envolver alimentos típicos, como beijus, tapiocas e na preparação de alimentos como o “peixe assado na folha da Patioba”. Além disso suas folhas também são usadas na confecção de coberturas de casas, utensílios e outros artefatos. Em práticas agroflorestais, a espécie é valorizada por seu

rápido crescimento e por ser pioneira, sendo excelente para projetos de restauração ambiental.

Por sua beleza, funcionalidade e forte ligação ecológica e cultural, a palmeira-pati é considerada uma espécie essencial para a conservação e para os modos de vida tradicionais na Mata Atlântica.

Soares, K.P. 2020. Syagrus in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. (https://floradobrasil2020.jbrj.gov.br/FB15733).

The Tropical Plants Database. “Syagrus botryophora”. Disponível em: https://tropical.theferns.info/viewtropical.php?id=Syagrus+botryophora

RPPN Estação Veracel

A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Estação Veracel é uma unidade de conservação de proteção integral localizada em Porto Seguro (BA), dedicada à preservação da Mata Atlântica. Com cerca de 6.000 hectares, a RPPN abriga uma rica biodiversidade de plantas, aves, mamíferos e outros animais, além de desempenhar um papel fundamental na conservação dos recursos hídricos e na manutenção dos serviços ambientais para a região. Aberta à pesquisa e à educação ambiental, a reserva é um exemplo do compromisso da Veracel Celulose com a sustentabilidade e a conservação da natureza.

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