As chuvas no sul da Bahia são um tema de grande importância, moldando a paisagem, a vida e a economia do nosso estado. Em um mundo onde a gestão da água é um desafio crescente, garantir que os recursos hídricos sejam preservados durante e após os períodos de chuvas é mais do que uma responsabilidade – é um compromisso com o futuro. Aqui na Veracel, no coração do sul da Bahia, levamos essa missão a sério. Mas como garantimos que nossa produção de celulose convive em harmonia com os rios, especialmente diante da intensidade das chuvas?
A resposta está na ciência, na tecnologia e em um monitoramento ambiental contínuo.
Laboratórios a Céu Aberto: entendendo o impacto das chuvas no sul da Bahia
Você já imaginou ter um laboratório do tamanho de uma floresta? É o que fazemos com o método das microbacias pareadas, uma abordagem científica que nos permite entender a relação entre nossas florestas, o solo e a água, especialmente nos períodos de chuvas no sul da Bahia.
Funciona assim: escolhemos duas bacias hidrográficas vizinhas e semelhantes. Uma, coberta por mata nativa, serve como referência. A outra recebe nosso manejo florestal. Ambas são equipadas com sensores que medem continuamente o volume de água que entra e que sai, formando os rios. Ao comparar os dados, identificamos com precisão o efeito do nosso manejo na disponibilidade de água, mostrando como uma gestão florestal responsável pode ajudar a regular o fluxo dos rios e a otimizar o aproveitamento das chuvas.
Mais de 20 anos de pesquisa sobre as chuvas no sul da Bahia
Nosso compromisso com a água é de longa data. Há mais de 20 anos, monitoramos microbacias para entender como diferentes regimes de chuvas no sul da Bahia influenciam o comportamento dos nossos plantios. Posicionamos nossos estudos em dois cenários: um mais úmido, próximo ao litoral, e outro mais seco, no interior. Isso nos permite desenvolver um manejo adaptado às diversas realidades das chuvas, garantindo a sustentabilidade hídrica em toda a nossa área de atuação.
Manejo inteligente: rios saudáveis, mesmo com a variação das chuvas
Um dos resultados mais importantes do nosso monitoramento veio após uma decisão estratégica: em uma de nossas áreas de estudo, reduzimos o plantio de eucalipto de 70% para 42%, aumentando a área de vegetação nativa. O que isso significou para a água, considerando o ciclo das chuvas?
Os dados mostraram que, mesmo em períodos com menos chuva, a quantidade de água que a bacia forneceu ao rio permaneceu estável. Isso prova que o equilíbrio entre áreas produtivas e de conservação cria uma paisagem mais resiliente e capaz de regular o fluxo hídrico, um fator crucial diante da variabilidade hídrica.
Crescer com responsabilidade: nosso compromisso com o futuro
O monitoramento contínuo dessas microbacias permanece essencial, especialmente porque permitirá avaliar, ao longo dos anos, como a composição da vegetação nativa e florestal influencia o regime hídrico e a resiliência ambiental. Trata-se de um investimento estratégico, que fortalece o conhecimento técnico e oferece base sólida para a gestão sustentável das florestas plantadas na Veracel.
Ao cuidar das florestas, estamos cuidando da água. Esse é o nosso jeito de fazer bioeconomia, gerando valor para a sociedade e garantindo um futuro mais sustentável para todos.
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