Jacarandá-da-bahia

Translate this page with Google Translator

Jacarandá-da-bahia – Dalbergia nigra (Vell.) Allemão ex Benth.

Família: Fabaceae
Floração: Setembro a Maio
Frutificação: Maio a Janeiro
Distribuição geográfica: Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná
Domínios Fitogeográficos: Mata Atlântica
Formações vegetais: Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial)

O Jacarandá-da-Bahia (Dalbergia nigra) é uma árvore endêmica da Mata Atlântica e do Brasil, especialmente de ocorrência no sul da Bahia, onde historicamente ocorreu com maior abundância e de onde deriva parte de seu nome popular. É uma espécie de porte médio a grande, podendo atingir 15 a 25 metros de altura, com tronco retilíneo, casca escura e fissurada, que exala aroma característico quando cortada. Suas folhas são compostas, alternas e paripinadas, formadas por numerosos folíolos pequenos e arredondados. As flores, pequenas e branco-arroxeadas, ocorrem em racemos terminais, e os frutos são vagens finas e achatadas que se abrem ao secar, liberando sementes dispersas pelo vento (anemocoria).

É considerada rara na natureza, apresentando baixa frequência fora dos núcleos populacionais principais. Essa raridade está ligada principalmente à exploração histórica: sua madeira muito escura que originou o epíteto “nigra” (“negra”), a tornou- uma das mais valorizadas do país e do mundo, desejada para mobiliário de luxo, esculturas, marcenaria fina, pianos e instrumentos musicais, especialmente violões e violinos de alta qualidade.

Essa intensa exploração, muitas vezes ilegal e contínua desde o período colonial, provocou um declínio acentuado das populações naturais, levando a espécie à condição atual de vulnerável e praticamente extinta em estado silvestre em várias áreas do sul da Bahia.

Apesar da pressão histórica, o jacarandá-da-Bahia desempenha papel ecológico relevante. Atua como espécie clímax, contribuindo para a estrutura de florestas maduras; suas flores atraem abelhas e outros polinizadores; e suas vagens, ao se abrirem, facilitam a dispersão das sementes pelo vento. Por ser sensível à fragmentação de habitat e à exploração madeireira, é também considerada um indicador de florestas bem preservadas.

Hoje, além de seu valor ecológico, a espécie é utilizada em projetos de restauração florestal, pois seu desenvolvimento contribui para reconstruir a estrutura da Mata Atlântica e possibilita, no futuro, a obtenção de madeira nobre de forma sustentável e consciente. Entretanto, por seu crescimento lento e sua raridade extrema, demanda manejo rigoroso, proteção e plantios direcionados

Lima, H.C. de 2015. Dalbergia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. http://floradobrasil2015.jbrj.gov.br/FB22915
Programa Arboretum. Jacarandá-da-bahia (Dalbergia nigra) Disponível em: https://www.programaarboretum.eco.br/especie/32/jacaranda-da-bahia

Sobre a RPPN Estação Veracel

A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Estação Veracel é uma unidade de conservação de proteção integral localizada em Porto Seguro (BA), dedicada à preservação da Mata Atlântica. Com cerca de 6.000 hectares, a RPPN abriga uma rica biodiversidade de plantas, aves, mamíferos e outros animais, além de desempenhar um papel fundamental na conservação dos recursos hídricos e na manutenção dos serviços ambientais para a região. Aberta à pesquisa e à educação ambiental, a reserva é um exemplo do compromisso da Veracel Celulose com a sustentabilidade e a conservação da natureza.

Conheça mais sobre a RPPN Estação Veracel

Categories

Notícias relacionadas